domingo, 24 de janeiro de 2016

MILITARES ESTÃO DESENVOLVENDO UMA TECNOLOGIA CAPAZ DE CONTROLAR E CONVERSAR COM COMPUTADORES

Um chip implantável, que permitirá ao cérebro humano comunicar-se diretamente com computadores, está sendo desenvolvido por militares dos EUA.

O projeto faz parte da Iniciativa BRAIN (The BRAIN Initiative) anunciada pelo presidente Obama em abril de 2013, que visa desenvolver novas formas de tratamento e prevenção de doenças e lesões cerebrais.


O dispositivo em questão está sendo projetado para acelerar a forma como usamos computadores, mas também promete ser capaz de fazer o corpo humano se comunicar diretamente com a máquina, através da conversão de sinais eletroquímicos do cérebro em dados digitais.

Embora esses dispositivos possam detectar a atividade elétrica do cérebro, eles exigem um grande esforço do usuário, que precisa passar por um treinamento para conseguir produzir os sinais específicos. Segundo Phillip Alvelda, gestor do programa idealizado pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), a tecnologia tem enfrentado muitos problemas quando o assunto é a comunicação entre cérebro e computador. “Imagine o que será possível quando nós conseguirmos abrir esse canal de comunicação entre o cérebro humano e eletrônicos modernos”, disse.

Um dos benefícios poderá ser no campo da medicina, que encontrará, nesse projeto, uma forma de criar novos tratamentos para doenças neurológias e até mesmo desenvolver dispositivos que possam ajudar cegos e surdos.

No campo militar, segundo a agência, o projeto forneceria a soldados uma maneira de enviar diretamente do cérebro, imagens em alta resolução e informações dos campos de batalha.

A ideia pode não parecer inovadora no campo de pesquisas sobre implantes cerebrais, no entanto, a maioria desses estudos têm se concentrado apenas em permitir que pessoas com algum tipo de deficiência possam controlar computadores ou membros robóticos com o próprio cérebro. Como foi o caso relatado, neste mês, por pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, EUA. Segundo relatado, um paciente, através de sinais nervosos enviados pelo cérebro, conseguiu mover um braço robótico. Outro exemplo, e talvez o mais comum, utiliza eletrodos inseridos diretamente no cérebro para captar a atividade cerebral, caso que acontece com os eletroencefalogramas.

Para a agência, ainda existem grandes desafios que precisam ser superados para que o objetivo da pesquisa possa ser atingido, incluindo o desenvolvimento do hardware e de técnicas computacionais necessárias para lidar com o volume de dados que seriam produzidos por tais implantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário