O folclore brasileiro é uma parte importante de nossa
cultura. Com o fenômeno da globalização, nós passamos a conhecer diversos
aspectos de outras culturas. O Halloween é um exemplo disso. A tradição do
Halloween não está presente no Brasil, mas está ganhando cada vez mais espaço
por ser um evento divertido, intrigante e que chama a atenção em um nível
global.
Nós temos muitas criações
culturais, coletivas ou individuais que são uma parte essencial da cultura do
Brasil. Embora tenha raízes com diversas lendas brasileiras, somente no século
XIX o folclore brasileiro se tornou mais conhecido. Além disso, levou mais de
cem anos para se consolidar no país.
As lendas brasileiras derivam
principalmente do folclore europeu, africano e indígena. O folclore brasileiro,
apesar de suas origens se perderem no tempo, só começou a receber a atenção na
época do Romantismo, movimento cultural que prestigiava as diferenças. A Ordem
do Mistério vai mostrar a seguir algumas lendas do folclore brasileiro que são
conhecidos pelo tom macabro que apresentam. Confira:
A CABEÇA SATÂNICA
A lenda é bastante difundida no Norte e Nordeste do
Brasil. A cabeça seria uma cabeça com cabelos compridos que aparecia rolando ou
saltando pelo chão no meio da madrugada. Os olhos arregalados e sanguinários
eram outra característica do ser sobrenatural. Outra vertente dessa lenda diz
que a cabeça era de um cangaceiro.
Dizem que a cabeça aparece
como se tivesse um corpo inteiro. Assim que a vítima aparece, o corpo se
desintegra e só sobra a cabeça assustadora que persegue as pobres vítimas.
Também existe outra versão da lenda onde a cabeça é carregada por um fantasma
perseguidor. É uma lenda tão temida pelos habitantes de cidades mais remotas,
que só de mencionar o nome “cabeça satânica”, as pessoas fazem o sinal da cruz.
SASI
Na versão original, o Saci era uma figura bem assustadora.
Com chifres e dentes pontudos, o Saci se alimentava do sangue de cavalos. Quem
entrasse em seu caminho poderia ser perseguido e morto a pauladas. Sua carapuça
lhe dá poderes mágicos. Em 2005, foi lançado o Dia do Saci no Brasil,
comemorado no dia 31 de outubro, a fim de restaurar as figuras do folclore brasileiro,
em contraposição a influências folclóricas estrangeiras, como o Dia das Bruxas.
O Saci ganhou uma versão menos
assustadora pelos moradores da região Norte do Brasil. A mitologia africana o
transformou em um jovem negro que perdeu uma perna lutando capoeira. Essa
imagem é a que é passada até hoje. O cachimbo também é influência da cultura
africana. Já o gorro vermelho é de origem europeia e uma referência ao ser
mitológico conhecido como trasgo.
CHUPA-CABRA
Chupa-cabra é
bastante conhecido em toda a América. Seria uma espécie de animal/monstro que
realiza ataques a animais rurais. O nome vem de um relato de várias cabras
mortas em Porto Rico com marcas de dentadas no pescoço e com o seu sangue
drenado.
O primeiro ataque aconteceu em março de 1995 em Porto Rico. Neste
ataque, oito cabras foram encontradas mortas, cada uma com três perfurações no
tórax e totalmente esvaídas de sangue. No Brasil diversos casos também
ocorreram em cidades do interior, principalmente durante a década de 70. Na
década de 90, os programas de domingo até especularam sobre terem encontrado o
famoso chupa-cabra, mas tudo foi desmentido.
CORPO-SECO
Corpo-Seco foi
um homem conhecido por maltratar sua família e por agredir sua pobre mãe. Como
castigo, ele foi amaldiçoado e após sua morte, virou uma criatura maligna que
vagava pela Terra e ficava grudada em árvores. Quando suas vítimas se
aproximavam, ele dava um abraço mortal que rasgava e esmagava o corpo das
pessoas. Essa lenda é mais conhecida na região sudeste do Brasil.
No interior de São Paulo, há uma variante desta lenda, similar com a
lenda dos vampiros. Quando alguém passa perto do corpo-seco, ele ataca a vítima
e suga todo o seu sangue. Essa lenda é bastante conhecida no estado do Amapá,
Paraná, Amazonas, Minas Gerais, em alguns países africanos de língua
portuguesa.
CUMACANGA
O Cumacanga é uma espécie de Lobisomem que a cabeça se
solta do corpo. A lenda afirma que o corpo fica em casa e a cabeça sai,
sozinha, durante a noite de sexta-feira, e voa pelos ares como um globo de
fogo. Essa lenda é muito contada e forte na região Nordeste do nosso país.
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